ESCULTE DOBRADO BATISTA DE MELO

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Recife Jazz Festival traz mestres da improvisação à capital pernambucana


Evento será na próxima sexta (04) e sábado (05), no Teatro Santa Isabel. Entre as atrações, músicos da França, Espanha, Cuba, Chile, EUA e Brasil.


Nesta semana, o palco do Teatro Santa Isabel vai dar espaço às novidades da música contemporânea de improvisação: é o Recife Jazz Festival 2011, que chega à oitava edição com duas noites de shows, na sexta-feira (04) e no sábado (05), além de workshops na Livraria Cultura e no Instituto Cervantes. A programação contará, ainda, com uma jam session que irá reunir algumas atrações em um evento aberto ao público no palco do Pátio de São Pedro, no domingo (6).
Espanhol Nono García toca Santa Isabel (Foto: Divulgação)Espanhol Nono García é uma das atrações que sobem ao palco do Teatro Santa Isabel (Foto: Divulgação)
Este ano, o festival trará à capital pernambucana músicos da França, Espanha, Cuba, Chile, EUA e Brasil. Entre eles, o quarteto do trompetista francês Alain Vankenhove, que apresentará pela primeira vez, e com exclusividade, o show "Don Quichotte", assim como o também francês Benoit Berthe Back Quartet, vencedor do European Jazz Contest, realizado em julho deste ano, em Roma, na Itália.
Trompetista Alain Vankenhove Quartet (Foto: Divulgação)Alain Vankenhove apresenta pela primeira vez no 
Brasil seu 'Don Quichotte' (Foto: Divulgação)
O evento receberá, ainda, o quinteto de Raimundo Santandero, do Chile, e o guitarrista espanhol Nono Garcia, que promoverá um workshop de guitarra flamenca. O encerramento do festival ficará por conta do saxofonista americano Jeff Gardner, que sobe ao palco acompanhado do baterista brasileiro Carlos Balla.

Para participar dos workshops no Instituto Cervantes é preciso se inscrever. O valor da taxa é R$ 30. Já o acesso às oficinas na Livraria Cultura é gratuito.

ProgramaçãoSexta-feira (4)
Workshops - Livraria Cultura
14h às 16h - Saxofone - Benoit Berthe (França)
16h às 18h - Piano - Jeff Gardner (EUA)
Shows- Teatro Santa Isabel
20h - Luciano Magno (PE)
21h15 - Nono Garcia (Espanha)
22h30 - Back Quartet (França)

Sábado (5)
Workshops - Livraria Cultura
14h às 16h - Usine - software de edição de áudio - Alain Vankenhove (França)
16h às 18h - Bateria - Carlos Balla (AL)
Workshops- Instituto Cervantes
9h às 12h - Classe Magistral de Guitarra Flamenca com Nono García
Shows - Teatro Santa Isabel
20h - Raimundo Santander Quinteto (Chile)
21h15 - Alain Vankenhove (França)
22h30 - Jeff Gardner - Carlos Balla (EUA-RJ)

Domingo (6)
Show - Pátio de São Pedro
16h - Jam Session

Serviço
Recife Jazz Festival 2011
Dias 4, 5 e 6 de novembro
Shows: R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia), à venda na bilheteria do Teatro Santa Isabel
Informações: (81) 3232-2939
Instituto Cervantes de Recife: (81) 3334-0450
Livraria Cultura: (81) 2102-4033

DO G1 PE

domingo, 30 de outubro de 2011

Final da 3ª Copa Pernambucana de Bandas e Fanfarras é neste domingo


Vencedores serão classificados para a 4ª Copa Norte Nordeste.

Evento tem início às 9h, no ginásio esportivo da Secretaria de Educação.


Acontece neste domingo (30), a partir das 9h, a grande final da 3ª Copa Pernambucana de Bandas e Fanfarras, que teve início em maio. A disputa envolve 14 municípios, representando por 34 finalistas, e será realizada no ginásio esportivo da Secretaria de Educação, no bairro da Várzea.

Nesta última etapa, 15 agremiações serão classificadas para a 4ª Copa Nordeste Norte de Bandas e Fanfarras, que acontece em Sergipe, nos dias 25, 26 e 27 de novembro. Ao todo, oito categorias técnicas são analisadas: fanfarra simples, fanfarra com pisto, banda musical, banda show, bandas marciais em quatro faixas etárias.

Além de troféus, os três primeiros lugares de cada categoria receberam prêmios em dinheiro - R$ 2 mil, R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente. A comissão julgadora será formada por jurados dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão, Sergipe, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
De maneira geral, a banda se diferencia da fanfarra por ser mais complexa, com instrumentos também usados em orquestras, enquanto na fanfarra dominam os instrumentos de percussão. O objetivo da Copa é integrar as culturas municipais e os alunos das escolas públicas, além de estimular, nos jovens, o interesse pela música.






G1

sábado, 29 de outubro de 2011

AGENDA CULTURAL

fonte: Jornal Cultural



Sábado 29/10

Festival VitrineSábado 29/10
Local: Pátio de São Pedro (Recife)
Horário: 18h
Preço: Grátis
Atrações: Villas Rock,, Cruor, Dani Carmesin, Sociedade Oculta, Moribundos, Andronmeda.  

Tiberio AzulSábado 29/10
Local: Santander Cultural (Avenida Rio Branco, Recife Antigo)
Horário: 17h
Preço: R$ 5,00 (Inteira) e R$ 2,50 (Meia)
O músico pernambucano Tiberio Azul faz show do seu novo disco no Recife.

Faringes da Paixão e Clube Du BemSábado 29/10
Local: Spirit Music Hall (Rua do Futuro, Aflitos, Recife)
Horário: 22h
Preço: R$ 35,00 (Homem) e R$ 25,00 (Mulher)
Atrações: Faringes da Paixão, Clube Du Bem.

Noite de Cover’sSábado 29/10
Local: Bar Burburinho (Rua Tomazina, Recife Antigo)
Horário: 21h
Preço: R$ 15,00
Atrações: Guns N’ Roses Cover, Jack Soul, Pink.

Domingo 30/10

Geraldo MaiaDomingo 30/10
Local: Casa de Seu Jorge (Avenida Santos Dumont, Rosarinho)
Horário: 19h
Preço: R$ 15,00
O cantor Geraldo Maia faz apresentação neste domingo na Casa de Seu Jorge.

Clube do SambaDomingo 30/10
Local: Praça do Morro da Conceição (Casa Amarela, Recife)
Horário: 12h
Preço: 1 kg de alimento e um brinquedo
Atrações: Karynna Spinelli, Monica Feijó, Geraldo Maia, Demóstenes, Carlos Ferrera, Paulo Perdigão, Jorge Riba, Arabiando, Selma do Samba, Gracinha, Cris Galvão ,Maestro Spok, Dalva Torres, Ylana, Luisa Pérola e Andréa Luiza e o DJ 440.

Livraria Cultura apresentaDomingo 30/10
Local: Livraria Cultura (Paço Alfândega, Recife Antigo)
Horário: 17h
Preço: 1 kg de alimento não perecível
A banda Zambiola é a atração deste domingo da Livraria Cultura.

fonte: Jornal Cultural não se responsabiliza por qualquer alteração na programação.
Por: Tarcísio Camêlo.




Banda de música da Polícia Militar do Ceará completa 157 anos


Banda Major Xavier Torres comemora aniversário nesta sexta-feira (28).
Músicos também promovem o projeto 'Segurança com Melodia'.


A banda de música da Polícia Militar do Ceará completa 157 anos em 2011 e se apresenta nesta sexta-feira (28) em Fortaleza. A banda foi criada em 1854 a partir da sanção do então presidente de província Conselheiro Pe. Dr. Vicente Pires da Motta e, atualmente, é comandada pelo capitão Manoel Bonfim Gomes de Freitas. A partir de 1954, ela recebeu a denominação em homenagem ao Major Luiz Xavier Torres.
Entre os eventos importantes do Ceará, a Banda da Polícia Militar participou da Inauguração do Theatro José de Alencar e da Praça do Ferreira, além de ter sido a primeira banda de música a executar oficialmente o hino do Estado do Ceará em 1903.
'Segurança com Melodia'
Segundo a Polícia Militar, ruas e espaços públicos de Fortaleza e Região Metropolitana receberam apresentações da banda diariamente nos fins de tarde. O instrumento cultural também promove o projeto 'Segurança com melodia', que busca utilizar a música como instrumento de combate à violência e de fuga das drogas e ociosidade.
FONTE: G1

Baile de aniversário do Boa Vista – João Alfredo – PE





quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Choro Casual

Choro Casual


Biografia

Do encontro dos bordões de Luan Caeté com o fraseado de Dudu Magalhães, surge, em 2009, no cenário artístico de Brasília, novo grupo de Musica Instrumental Brasileira: o Mistura Casual. Os então, violonista e clarinetista, alunos do Clube de Choro de Brasília conheceram-se em uma roda e elegeram o gênero como seu principal meio de expressão, acrescentando temas clássicos, e outros nem tanto, do cancioneiro nacional ao repertorio tradicional do chorinho. Com a experiência de concertos o grupo sentiu a necessidade de um ritmista e para tal convidou o percussionista Hugo Braga. O trio começou 2010 tocando na Brasília Super Radio FM, no tradicional programa "Um piano ao cair da noite". Em tal apresentação o grande pianista Toninho, responsável pela trilha ao vivo do programa, num momento tipicamente jazzístico, tocou com o grupo sem ensaios ou preparações previas, culminando numa esfera singular de liberdade e improvisação sobre um tema clássico de Tom Jobim. Tamanha foi à repercussão desse evento que o grupo repetiu a dose e se apresentou novamente na radio ainda no mesmo mês. A necessidade de engrossar a seção rítmica se consolidaria com a integração da cavaquinista Mariana Sardinha. Então formado, o quarteto passou a se apresentar nos principais bares, hotéis e restaurantes de Brasília (tais como Melia Brasil e Carpe Diem), Taguatinga (Água de Beber e Caixa D’Água (‘Careca’), entre outros), alem de outras cidades satélites do DF e em Pirenopolis (GO), onde o grupo realizou uma serie de concertos ovacionados pelas platéias e pelos donos das casas contratantes. Choros, Sambas e Bossas compõem o repertorio reinterpretado pelo quarteto que revive o sentimento do Choro, canção ou ligeiro, segundo suas influencias próprias. Dos antigos mestres, Pixinguinha, Jacob, K-ximbinho (dentre tantos), ao ‘maestro brasileiro’ Tom Jobim, sambas e novas bossas ecoam nos bares, cafés, restaurantes e hotéis em que ela, a Musica, acontece. O repertorio consiste, portanto, em choros tradicionais, contemporâneos e Standards de jazz, bossa nova e MPB em geral (e, por vezes, na mistura, profana para os tradicionalistas, desses estilos entre si). Atualmente o quarteto continua o trabalho pelas melhores casas e pelos mais exclusivos ambientes, executando um repertorio excepcionalmente sofisticado com uma sonoridade, ora aveludada e tocante (perfeita para cerimônias e ambientes formais), nos choros lentos e nas bossas, ora rasgada e contagiante (perfeita para a animação de eventos, botequins e casas noturnas com publico selecionado), nos choros ligeiros e nos sambas mais quentes. Ainda somam-se a esse repertorio alguns temas jazzísticos, brasileiros e norte-americanos, que, executados com a instrumentação do grupo (violão, cavaco, clarinete e pandeiro) criam uma sonoridade única. Apos longa experiência tocando em cidades satélites, a escolha do repertorio e feita de acordo com publico esperado, de modo que, mesmo tocando musica instrumental, a satisfação e resposta por parte dos clientes e garantida. Delicado, malicioso, profundo, e (por isso) sensual esse ritmo brasileiro se manifesta com todas as suas incorporações múltiplas. Sambemos senhores. Sigamos o som, essa Mistura Casual

Membros
Eduardo Araujo Magalhães (Dudu Magalhães) e clarinetista e saxofonista. Estudou clarinete na Escola de Música de Brasília (CEP- EMB) e na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, vinculada ao Clube do Choro de Brasília. Sua formação foi ainda composta por doses de autodidatismo e aulas particulares com grandes músicos como Ademir Junior e Fernando Machado. Alem disso, participou de cursos sazonais como o Canto da Primavera, o Curso Internacional de Verão da Escola de Musica, entre outros. Participou ainda do V Festival Nacional de Choro tendo aulas com Toninho Carrasqueira. Atualmente cursa clarinete na Escola de Música de Brasília. Hugo Braga e ritmista e interprete. Canhoto e mineiro iniciara na infância seus estudos em teoria musical no Conservatório de Musica de Patrocínio (MG). Sempre ligado as manifestações artísticas, desenvolveu o gosto pela MPB e por instrumentos de percussão. Depois de uma pequena experiência na cena musical brasiliense, iniciou sua carreira como percussionista na turística vila de Jericoacoara (CE). La acompanhou interpretes com larga experiência musical assimilando ritmos como samba, baião, coco, afoxé, marcha-frevo, maracatu e afins. De volta a Brasília, cursou com o professor Edson Quesada a Oficina Percussão Brasileira na Escola de Música de Brasília, vindo a acompanhá-lo ainda em cursos de pandeiro e congas (ritmos latinos e afro-brasileiros). Alem disso, participou do V Festival Nacional de Choro tendo aulas com Celsinho Silva. Mariana Sardinha e guitarrista e cavaquinista. Ingressou na Escola de Musica de Brasília aos nove anos de idade, tendo iniciado sua carreira musical, aos 11, estudando flauta transversal. Seus estudos na guitarra começaram apos dois anos de formação nesse instrumento de sopro. Em uma passagem pela Escola de Choro Raphael Rabello, onde cursara pandeiro e cavaquinho, a instrumentista desenvolveria seu gosto pela musica popular brasileira e aprofundaria seu interesse pelo estudo do cavaco. Participou também do V Festival Nacional de Choro tendo aulas com Luciana Rabello. Atualmente cursa, na Escola de Música, guitarra, com os professores Paulo Andre, Gabriel Lourenço e Marcelo Ramos, e cavaco com Carrapa e Leo Benon.
Luan Caeté e violonista popular. Apos um longo período de autodidatismo, foi nivelado para a Escola de Choro Raphael Rabello, vinculada ao Clube do Choro de Brasília, onde estudou com Fernando Cesar. La conheceu mais a fundo o choro e o adotou como seu principal estilo de execução. Participou de workshops com grandes nomes do instrumento como: Sebastião Tapajós, Juarez Moreira, Daniel Santiago e Pepeu Gomes. A fim de ampliar sua tessitura estilística, abandonou o Clube do Choro e, sendo aprovado no teste, passou a fazer o curso técnico de Violão Popular na Escola de Musica de Brasília, onde até hoje estuda, com os professores Marcus Moraes e Jaime Ernst Dias. Alem disso, tomou aulas de Harmonia com o maestro Ian Guest, durante o 32° Curso Internacional de Verão da Escola de Musica.

http://www.myspace.com/misturacasual/music

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Crato resgata espaço urbano

Moradores do Município do Crato estão tendo a oportunidade de se aproximar da riqueza cultural dos artistas





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Projeto pretende resgatar o gosto pela música instrumental, trazendo a um espaço aberto, artistas da cena regional e até internacional. Acontece sempre à tardinha, no Crato
FOTO: YAÇANÃ NEPONUCENA
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Egildo Vieira e conjunto já se apresentou no Sonora Brasil. Ele é um mestre da música armorial e também luthier, ou seja, um profissional que constrói o instrumento 
FOTO: DIVULGAÇÃO


Crato. Todos os meses, o Projeto Música ao Pôr do Sol, realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), está reunindo admiradores da música de qualidade nesta cidade. Cerca de 500 pessoas comparecem às edições que estão sendo realizadas na Pracinha do Cruzeiro. Na última quinta feira, a terceira edição do projeto apresentou o trabalho do músico pernambucano, Luciano Magno, que esteve no Cariri pela terceira vez.

Dentro de um repertório variado, o artista mostrou ao público algumas canções do seu disco "Viva Dominguinhos", gravado no ano de 2008 em homenagem ao instrumentista, cantor, compositor e discípulo de Luiz Gonzaga, Dominguinhos.

Oportunidade
O "Música ao Pôr do Sol" originou-se do Projeto Mostra de Música Cearense que acontece bienalmente em todas as unidades do Sesc no Estado do Ceará. A programação é uma oportunidade de compositores e intérpretes da região apresentarem seus trabalhos e se inserirem em um intercâmbio musical com artistas de renome internacional, como o próprio Luciano Magno que já se apresentou no Montreux Jazz Festival, na Suíça, e gravou com o renomado Hermeto Pascoal, Naná Vasconcelos e Alceu Valença. O músico também fez parte do Trio Sotaque, primeira banda a gravar um DVD instrumental no Estado de Pernambuco.

Fundamentada em um conceito que não se restringe ao puro e simples entretenimento e a apreciação de músicas que vão além do que é veiculado nas emissoras de rádio, a proposta do Música ao Pôr do Sol pretende estimular a produção musical no Município. Busca um aprofundamento crítico e reflexivo sobre a linguagem e o fazer musical. A longo prazo, o projeto poderá fomentar e difundir ainda mais a música instrumental no Cariri. 

O "Música ao Pôr do Sol" está sendo uma vitrine para este segmento específico e uma ferramenta de integração da comunidade com a cultura. O Sesc espera que a medida que forem sendo oferecidos os shows, as plateias sejam ampliadas.

Para o produtor cultural, Sérgio Magalhães, o projeto contribui de forma significativa para o desenvolvimento do público enquanto ouvintes musicais. "É dever do Sesc contribuir para uma produção cultural e artística pautada em valores culturais de qualidade e auxiliar a evolução constante da produtividade dos músicos", afirma.

Pelo palco do projeto já passaram o contrabaixista, compositor e arranjador Marcelo Randemarck. O musicista multifacetado caminha pelo samba, bossa-nova, chorinho e baião e dedica parte da sua produção à causa animal. Tem profundo envolvimento com a cena da música do Ceará. Mas, já se apresentou em festivais na Europa e de outros promovidos pela revista Cover Baixo. Além dele, um interessado na cultura popular nordestina que criou e participou de inúmeros trabalhos nesta área, o multi-instrumentista e poeta que funde o tradicional e contemporâneo em sua obra, João Nicodemos, também deu sua contribuição. No show ele buscou criar uma atmosfera de lucidez e poesia conduzindo o espectador num passeio por seu imaginário. Apresentou seus poemas e músicas utilizando as mídias digitais como formas de expressão.

Apesar da diversidade, o circuito mantém sua identidade por promover a fruição e o conhecimento da produção instrumental em fins de tardes embaladas pelo misticismo do pôr do sol. Segundo João Nicodemos, o projeto representa integração do público com a música. Para ele, a estrutura do local favorece a qualidade dos shows. "Me senti muito a vontade em me apresentar em um espaço aberto, onde o pôr do sol deu um espetáculo a parte. Tive a oportunidade de mostrar um trabalho específico para o horário. A plateia gostou e interagiu. Mas, acho que a acessibilidade do local pode ser melhorada".

Expectativa
A expectativa é ampliar o conhecimento da estética musical, difundi-la e habituar o público a frequentar o local que, até então estava ocioso. Em um verdadeiro caldeirão multicultural, lá é possível apreciar shows que os circuitos comerciais não apresentam e compartilhar momentos de lazer. As crianças brincavam ao som da boa música e os adultos se aproximam da riqueza cultural dos artistas.

Público
500 pessoas, aproximadamente, comparecem às edições que estão sendo realizadas na Pracinha do Cruzeiro. Na última quinta feira, a terceira edição apresentou o músico Luciano Magno

MAIS INFORMAÇÕES 

Sesc
Rua André Cartaxo, 443.
Bairro São Miguel, Crato-CE
Telefone: (88) 3523.4444

SONORA BRASIL

Pela formação de ouvintes musicais

Crato. No próximo mês de novembro, as unidades do Sesc dos Municípios do Crato e Juazeiro do Norte irão receber a 4ª e última etapa do Sonora Brasil - Formação de Ouvintes Musicais. O projeto temático traz programações identificadas com o desenvolvimento histórico do Brasil. No Cariri está sendo esperado um público de mais de 300 pessoas.

Este ano, a 14ª edição do circuito aborda, pela primeira vez, os temas "Sotaques do Fole" e "Sagrados Mistérios: vozes do Brasil". Mas, apenas o segundo será abordado no Cariri. Encerrando a edição de 2011, a região irá receber o Quarteto Colonial, formado por Doriana Mendes, Daniela Mesquita, Gilson Santos e Luiz Kleber. Os shows acontecem nos dias 3 e 4 e a entrada é gratuita.

O grupo traz músicas sacras brasileiras de concerto, em um repertório baseado na obra do padre José Maurício Nunes Garcia, que foi mestre da Capela da Sé do Rio de Janeiro e posteriormente da Capela Real, passando por compositores de vários períodos, até chegar nos dias da atualidade. Uma das músicas de destaque, do show do Quarteto, será a Ave Maria número 17 de Heitor Villa Lobo, grande compositor brasileiro. No próximo ano, o mesmo grupo fará a segunda etapa do projeto na regiões Sul e Sudeste.

Participantes
Grandes grupos da cultura popular nacional, como as Caixeiras do Divino - originárias do Estado do Maranhão, que expõem canções ligadas diretamente às religiões afro-brasileiras -, Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança - que representam os foliões que peregrinam com a imagem do santo na Região Nordeste-, e a banda de congo Panela de Barro, do Espírito Santo - que representa a principal manifestação da tradição oral daquele Estado-, já se exibiram no circuito.

O projeto será desenvolvido no biênio 2011/2012. Ao todo são 420 concertos, em 110 cidades, a maioria distante dos grandes centros urbanos. Em 2012, na 15ª edição, acontece a inversão para que os grupos concluam o circuito nacional.

A proposta é despertar no público um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão de música no País, incentivando novas práticas e novos hábitos de apreciação musical e promovendo apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a pureza do som e a qualidade das obras e de seus intérpretes.

Consolidação
Cumprindo a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra de fundamentação artística não-comercial, o Sonora consolida-se como o maior projeto de circulação musical do Brasil.

Um dos músicos que já se apresentou no Sonora Brasil, no Ceará, foi o também luthier (profissional que constrói o instrumento), Egildo Vieira. Alagoano, ele é um mestre da música armorial, além de construtor de instrumentos artesanais, feitos de cabaça, bambu e taquara, e de valiosa serventia para muitos músicos nordestinos.

Para o técnico de cultura, Alexandre Macedo, o tema do projeto é bastante debatido no Cariri. "O interessante desse projeto é que a gente pode conhecer outras manifestações culturais populares, diferentes das que estamos habituados, como o reisado e as bandas cabaçais que vemos cotidianamente, também é possível promover o intercâmbio entre elas", afirma.

Diversidade
Segundo o artista visual Franklin Lacerda, que conferiu a edição do "Música Pôr do Sol", a reconfiguração dos espaços urbanos é o que diferencia as apresentações e atrai os mais diversos ouvintes. "Acho bacana a proposta de reutilização dos espaços a partir de ação artística. É oportunidade de apreciar a paisagem a partir de outro ponto de vista".

YAÇANÃ NEPONUCENAREPÓRTER