ESCULTE DOBRADO BATISTA DE MELO

sábado, 30 de abril de 2011

Orquestra Sinfônica Jovem se apresenta em igrejas de Olinda e Recife

Neste sábado, os músicos se apresentam no Seminário de Olinda; já no domingo, o concerto será na Igreja Madre de Deus, no Bairro do Recife

A Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música movimenta este fim de semana em Olinda e Recife. Neste sábado (30), os músicos se apresentam no Seminário de Olinda, a partir das 17h, na companhia dos coros Opus II, Contracantos e Orpheu (França). No domingo (1º de maio) é a vez da Igreja Madre de Deus, no Bairro do Recife. O concerto também será às 17h e faz parte da programação do Circuito das Igrejas. A entrada é gratuita para os dois espetáculos.
Da Redação do pe360graus.com

IMPORTANTE

IMPORTANTE

DEVIDO AS CHUVAS O NOSSO PROJETO SERÁ 
REALIZADO NO GINÁSIO POLIESPORTIVO DE 
JOÃO ALFREDO AS 15:00h DESTE DOMINGO 1 DE MAIO.
CONVIDAMOS TODOS PARA VIM PRESTIGIAR ESSE
NOVO PROJETO DA SOCIEDADE MUSICAL DOM BOSCO.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Texto postado no Blog de Dimas Santos

Texto postado no Blog de Dimas Santos

Domingo haverá o “I Festival de Choro” em João Alfredo


             Domingo, dia 1º de maio, a comunidade de João Alfredo vivenciará mais um evento de cultura, lazer e saudosismo. Trata-se do I Festival de Choro – “Chorando para Sempre”, promovido pela Sociedade Musical Dom Bosco, desta cidade, com apoio da Prefeitura Municipal, parte do comércio e alguns colaboradores. A vitrine musical será realizada na Praça Manuel Cavalcanti, ao lado da Igreja Matriz, a partir das 15 horas.
Segundo informa um dos diretores da SMDB, Benízio Filho – “Duy”, da programação do “Chorando para Sempre” consta uma “roda de choro”, propiciando a cada aluno a oportunidade de executar uma obra de “Pixinguinha”. Os convidados especiais Cacá Malaquias, Nelson do Acordeon, Marcos Garra e Deivinho do Acordeon brindarão os presentes com a execução de números musicais, dentro da temática do evento.
A entidade euterpina também aproveitará a oportunidade para homenagear alguns nomes da sociedade local que executaram choros, os famosos “chorões”. Já os músicos convidados especiais receberão o título de “Amigo da Sociedade Musical Dom Bosco”, pela disposição de participar do projeto.
O “Chorando para Sempre” deste ano homenageia o carioca Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido por “Pixinguinha”, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro, que contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. Considerado um dos maiores gênios da música popular brasileira e mundial, “Pixinguinha” revolucionou a maneira de se fazer música no Brasil sob vários aspectos. Como compositor, arranjador e instrumentista, sua atuação foi decisiva nos rumos que a música brasileira tomou.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Spok e Orquestra Retalhos do Nordeste se apresentam no Centro Cultural Correios


divulgaçãoA música instrumental popular terá espaço no Centro Cultura Correios nesta semana. É que o Maestro Spok(foto) se unirá a Orquestra Retratos do Nordeste para três apresentações no local nesta quinta (28), sexta (29) e sábado (30), a partir das 20h.  A entrada é gratuita.

No repertório o show terá os clássicos do frevo e as composições esquentadas do Maestro Spok, rasgadas pelas cordas conjuntas da Orquestra Retratos do Nordeste.

Além das três apresentações, haverá workshops voltados para músicos nos dias 29 e 30 de abril, das 18h às 19h, e aula concerto para 100 crianças atendidas pela ONG Arte e Vida. O público pode retirar os ingressos com uma hora de antecedência no local das apresentações, com direito a dois convites por pessoa.

O evento é uma iniciativa da Escola Villa Lobos que espera com o projeto Spok e
Orquestra Retratos do Nordeste sensibilizar o público para a importância da pesquisa
na música popular erudita como vetor para a preservação da cultura.

SERVIÇO
Spok e Orquestra Retalhos do Nordeste
Centro Cultural Correios
Dias 28, 29 e 30 de abril, às 20h
Entrada gratuira


Da Redação do pe360graus.com

terça-feira, 26 de abril de 2011

Banda Sinfônica do CEMO faz concerto nas escolas municipais


Banda Sinfônica do CEMO faz concerto nas escolas municipais

Programa de inclusão musical prevê também a capacitação de oficineiros do Mais Educação e Escola Aberta

Por Ana Paula Gomeze
Orquestra do CEMO. Foto: Passarinho/Pref.Olinda
Foto: Passarinho/Pref.Olinda
Olhos e ouvidos curiosos, que aos poucos vão se tornando atentos e contemplativos. A apresentação da Banda Sinfônica do Centro de Educação Musical de Olinda nas escolas municipais é uma rotina inovadora para crianças e adolescentes da rede. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Educação da cidade e o CEMO, visando ampliar o acesso das crianças à música de qualidade, promover capacitação e até incentivar a profissionalização. Ao todo são 31 escolas beneficiadas. 17 desenvolvem Canto Coral, 08 Percussão e 17 Banda Fanfarra. As atividades já estão acontecendo e programadas para todo o ano letivo 2011.
Em conjunto com as apresentações da Banda, o projeto está proporcionando formação qualificada para professores oficineiros de Canto Coral, Percussão e Bandas Fanfarras, dos programas Mais Educação e Escola Aberta. Na prática a Banda vai às escolas e realiza dois concertos/aula por mês. São cerca de 40 minutos de apresentação, que iniciam com os músicos expondo e falando sobre cada instrumento. O projeto continua com encontros quinzenais de formação qualificada sobre teoria e prática musical para os professores oficineiros e encontros didáticos para os alunos, que acontecem no próprio CEMO. “O fato de sair do espaço escolar e entrar numa escola de música é também uma experiência maravilhosa para os estudantes. Desperta grande interesse pela música”, ressalta a diretora do CEMO, Anaide da Paz.
Anaide destaca que o projeto demonstra o avanço de Olinda, não só nas ações para o cumprimento da Lei nº 11.769/2008, que determina que a música deverá ser conteúdo obrigatório em toda escola pública e privada do Brasil, mas também por estar garantindo o acesso a uma educação musical de qualidade. “Embora o objetivo da Lei não seja o de formar músicos, e sim de desenvolver o lado criativo, a sociabilidade e sensibilidade dos alunos, através da música, consideramos muito importante ter um professor que tenha conhecimento sistematizado, por isso a administração realizou concurso público e selecionou 15 profissionais de música para as escolas”, complementa.
De acordo com Nilson Lopes, regente da Banda Sinfônica, o projeto está também reforçando e ampliando a função inclusiva das bandas de música. “A banda tem uma função social em si, sempre teve esse papel inclusivo com a comunidade. Mas nesse trabalho, está indo até as escolas e mostrando às crianças outro mundo, permitindo que elas entrem em contato com um tipo de música que normalmente não escutam em casa.”, explica. Ele acredita que os benefícios do trabalho vão desde favorecer na interação social, disciplina, raciocínio lógico, senso estético, auto-estima até na descoberta de alunos que desenvolvam talento para música.

sábado, 23 de abril de 2011

Dia Nacional do Choro

O Choro

            O choro entra na cena musical brasileira em meados e finais do século 19, e nesse período se destacam Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero mesclava elementos da música africana e européia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas das bandas militares e operários têxteis. Segundo José Ramos Tinhorão, o termo choro resultaria dos sons plangentes, graves (baixaria) das modulações que os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas que lhes transmitiam os cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia.
                     O século 20 traria uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, e entre eles, com destaque, Pixinguinha.


Dia 23 de Abril

         A iniciativa para a criação do Dia Nacional do Choro partiu do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola Brasileira de Choro Rafhael Rabello, em Brasília. O Decreto foi proposto pelo então senador Ártur da Távora, falecido em 2008, e aprovado pelo Presidente da República, em 04/09/2002, instituindo o Dia Nacional do Choro, comemorado na data de nascimento de Pixinguinha, 23 de abril

          Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha é o maior chorão de todos os tempos. Compositor de música popular brasileira, era também tenor, pianista, saxofonista, além de arranjador, e contribuiu diretamente para edificar o Choro como um gênero musical. Com ele o Choro adquiriu mais leveza, ritmo, graça e também a hábito do improviso.
       O surpreendente no Choro, que é genuinamente carioca, é a sua capacidade de renovar-se, sempre. Já são quase 150 anos de História do Choro e um dos fatores determinantes para essa história de sucesso foi o alto nível artístico dos seus pioneiros, como Joaquim Antônio da Silva Callado - considerado o Pai dos Chorões -, Anacleto de Medeiros, Patápio Silva, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Luperce Miranda, Irineu de Almeida, Bonfíglio de Oliveira, Garoto, Jacob do Bandolim, e de inúmeros chorões que, com competência, seguiram as trilhas desses pioneiros.
            O Choro também é assim. Esse gênero urbano, parido no berço da “Cidade Maravilhosa” em meados do século XIX, contagiou o país via bandas de música, regionais do rádio...; popularizado na década de 1970 pela mídia, renovado nos anos de 1980 e 1990, hoje encontra-se, felizmente, com grande vitalidade ousando, sempre, vôos cada vez mais altos aqui e fora de país. Um dos sonhos dos chorões brasileiros, entre eles Henrique Cazes,”é tornar o Choro uma atração tão associada ao Brasil quanto o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Carnaval”. Em 2004, eventos lembraram a data em várias cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Juiz de Fora, Niterói, Santos, São João do Meriti, Uberaba e Uberlândia, São José dos Campos, para citar algumas. Até no exterior, na França e no Japão, o Dia Nacional do Choro foi comemorado.


História é que não falta...

Por esse grande dia, que a Sociedade Musical Dom Bosco está realizando no dia 1 de maio o 1° Festival de choro "Chorando pra Sempre" em comemoração ao dia Nacional de Choro.



Palmas para o Choro no seu DIA NACIONAL – 23 de Abril e para o “Santo Pixinguinha”.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Novidades no Festival


         Além das presenças confirmadas do Saxofonista Caca Malaquias e o Violonista Marcos Garra vão participar também  Deyvinho do Acordeon  e Nelson do Acordeon e vários Grupos de Choro da região além de outros músicos. 
Vamos homenagear  músicos de nossa cidade, e muitas outras homenagem.

Não fique de fora desse Evento cultural da Sociedade Musical Dom Bosco.  

DIA 01/05/2011

HORA15:00h

LOCAL AO LADO DA IGREJA MATRIZ DE 
JOÃO ALFREDO  


APOIO COMÉRCIO LOCAL E PREFEITURA DE JOÃO ALFREDO

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Calou-se o sopro do maestro



 Maestro, arranjador, compositor, produtor, saxofonista e flautista, Carlinhos Ferreira nos deixou na terça-feira passada,  legando um grande contribuição para a música cearense.






Antônio Carlos Ferreira Lima era seu nome de batismo e passou para o lado do silêncio aos 49 anos. Filho do reconhecido maestro Manoel Ferreira, começou cedo na música soprando seu instrumento em casa. Mais tarde, ajudou a fundar a Banda de Música Dona Luíza Távora, a conhecida, Banda do Piamarta, uma escola para muitos instrumentistas da cena cearenses

O parceiro de Tarcísio Sardinha, com quem Carlinhos tocou, em diversas ocasiões, tanto em palcos como em estúdios, lembra como conheceu o saxofonista: "Encontrei com ele pela primeira vez em 1981, no espaço cultural Cearte que o cantor César Barreto comandava lá na Rua José Lourenço, na Aldeota.Com outros instrumentistas formamos um grupo musical que sempre tocava junto. Depois, ele foi para o Rio de Janeiro e morou com o Carlinhos Patriolino e o Jorge Helder".

Som Zoom

De volta ao Ceará, no início dos anos 90, Carlinhos Ferreira foi o grande articulador musical dos discos da Som Zoom, gravadora capitaneada por Emanuel Gurgel, que lançou o forró eletrônico. Valdeci Araújo, sanfoneiro que gravou mais de cem discos ao lado do saxofonista, lembra de alguns desses momentos: "Ele entrou em 1991, a partir do segundo CD da Mastruz com Leite e ficou até 2002. Era uma pessoa incrível e um músico maravilhoso. Dizia que, para se fazer uma boa produção, era preciso sempre estar de alto astral".

Valdeci Araújo recorda também como faziam os arranjos para as bandas de forró eletrônico: "As músicas vinham gravadas em fitas cassetes somente registradas com voz e violão. Ouvíamos as gravações e escolhíamos se a música merecia atmosfera de acordeom ou de metais. Nessas ocasiões, o Carlinhos Ferreira sempre estava alegre e nossas produções sempre foram em clima de festa. Ele também foi o responsável pelo sucesso do Beto Barbosa, pois além fazer seus arranjos, também era o maestro nos shows" .

Outro artista da música que trabalhou com Carlinhos Ferreira foi o compositor JB. Ele relata seu contato com o maestro: "Quando fui gravar meu primeiro CD, ´Eternas canções´ (1998), o Zé Menezes ao ouvir o sopro dele ficou encantado. No segundo CD, de 2002, com os arranjos do Zé Menezes, chamamos ele outra vez. Na música ´Nunca mais´, ele faz um solo inteiro na primeira e na segunda parte".

JB acrescenta como trabalhava com o saxofonista: "Ele era uma pessoa encantadora, dócil e, junto com o Tarcísio Sardinha que tocou violões de 6 e 7 cordas, cavaquinho e bandolim, fez também os arranjos. Bastava solfejar a música que ele já ia escrevendo a partitura e tocando em seguida. Liguei para o Zé Menezes e, quando ele soube da notícia, chorou ao telefone".

Calé Alencar também trabalhou muito com o maestro: "conheci Carlinhos Ferreira ainda menino, estudando e já se revelando um notável instrumentista na Banda do Piamarta. Nos discos, sua participação mais que especial, além dos arranjos, está bem delineada em canções como A Voz do Cantor, Canoa Quebrada, Trem de Ferro, Equatorial, Estrela Brilhante e A Luz de uma Canção, com o clima das gravações sempre festivo".



Fonte: Diário do Nordeste

domingo, 17 de abril de 2011

BAILE DAS ROSAS 2011!!!


Orquestra Sinfônica Brasileira está em guerra contra maestro autoritário

Orquestra Sinfônica Brasileira está em guerra contra maestro autoritário

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO



O mais tradicional conjunto sinfônico do Brasil enfrenta momentos de turbulência: a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), fundada em 1940, está em pé de guerra por uma disputa entre boa parte de seus instrumentistas e o atual regente e diretor artístico, Roberto Minczuk. A crise começou no início do ano, quando a OSB anunciou que os instrumentistas seriam submetidos a audições periódicas com o objetivo de avaliar a qualidade de seu desempenho. Segundo Minczuk, a iniciativa teria o objetivo de promover o aperfeiçoamento da orquestra, permitindo conhecer as deficiências de cada artista e propor estratégias para sua correção. Segundo os músicos, a proposta esconderia algo mais grave: a possibilidade de demissões políticas disfarçadas de decisões técnicas ou artísticas.

Poderia ser apenas mais um dos inumeráveis incidentes no gênero se não vivêssemos em 2011, reinado dos blogs e das redes sociais. A crise virou tema nos blogs de músicos brasileiros, como o também regente John Neschling, ganhou símbolos de luto nas páginas dos instrumentistas da OSB, ganhou as páginas da imprensa e acabou resultando num inédito protesto no último sábado, quando as vaias da plateia a Minczuk levaram ao cancelamento de um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e a uma improvisada apresentação dos músicos na calçada diante da sala de espetáculos.

Situações como essa pegam de surpresa músicos e espectadores. Boa parte dessa surpresa se deve, talvez, ao fato de que idealizamos orquestras, instrumentistas, regentes e a relação entre eles como se sempre houvessem existido da maneira como os conhecemos. E isso não é verdade. Como qualquer outra criação humana, as orquestras e as funções artísticas que as integram são objetos históricos. A função de regente, por exemplo, surge vagarosamente ao longo do século 18 e cresce em importância no século 19. Paralelamente, havia também uma necessidade simbólica: a valorização do regente legitimava a orquestra num momento em que a ideia de “autor” começava a se tornar forte, ou seja, as orquestras, para se afirmar, precisavam ter estilo e cara próprias.


A ideia do “maestro ditador” (categoria a que Roberto Minczuk vem sendo acusado de pertencer) também é historicamente datada. Os grandes “ditadores” da história da música são contemporâneos dos “grandes ditadores” na política. Quando um regente ungido pela crítica e o público reinava autocraticamente sobre um conjunto sinfônico e, frequentemente, sobre um teatro, contratando e demitindo músicos a seu bel-prazer, modificando partituras consideradas clássicas, ou impondo regimes de trabalho opressivos, não agia de maneira muito diferente da que era usada na administração de países. E isso não tinha nada a ver com uma opção política: o italiano Arturo Toscanini, por exemplo, que depois da juventude se tornou um crítico fervoroso do fascismo de Mussolini, dirigia suas orquestras com a mesma mão de ferro com que seu desafeto conduzia os destinos da Itália.

Justiça seja feita, nem sempre um regente mais forte ou mesmo autoritário é chamado de ditador por seus músicos. O alemão Herbert von Karajan se tornou exemplo ótimo da disjunção entre as duas ideias. Mesmo os que mais o criticavam costumavam confiar no fato de que as decisões do regente, artísticas ou administrativas, resultavam no excelente desempenho artístico de conjuntos como a Filarmônica de Berlim. Guardadas as devidas proporções, nossa Orquestra Sinfônica de Minas Gerais enfrentou pelo menos uma situação análoga, quando foi conduzida por Aylton Escobar. Nos bastidores, era frequente que os músicos reclamassem dos excessos do regente, bem mais rígido – e ríspido – que a maioria dos outros maestros que o conjunto já teve. Mas a maioria dos instrumentistas apoiava Escobar, não apenas pelo resultado musical, mas também pela bravura com que defendia a orquestra e seus músicos.

Voltando à história – é possível que as velhas relações hierárquicas das orquestras, forjadas na época das ditaduras fascistas, da Guerra Fria ou do mundo bipolar, estejam a se tornar anacronismos em nossa era de comunicação e mobilização em rede, processos colaborativos de criação, gestão compartilhada. O affair OSB pode ser apenas a primeira manifestação, no Brasil, da urgência de novas estruturas para os conjuntos sinfônicos. Em outros países, isso já foi percebido há muito tempo: afinal, já faz décadas que os músicos de conjuntos como a Filarmônica de Berlim participam ativamente de decisões que vão da seleção de repertório à escolha de seus regentes.

Por Marcello Castilho Avellar, do Estado de Minas

PIXINGUINHA

        Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (1897-1973), nasceu no Rio de Janeiro. Estimulado por sua família de grande tradição musical, demonstrou desde a primeira infância enorme talento, tornando-se ao longo dos anos flautista, saxofonista, compositor e maestro. É autor de melodias clássicas do repertório popular nacional, como “Carinhoso”, “Lamento” e “Rosa”. Sua obra é reconhecida internacionalmente, sendo gravada até os dias de hoje.
Teve como primeiro instrumento o cavaquinho, o qual aprendeu observando seus irmãos mais velhos Léo e Henrique. Em pouco tempo passou a acompanhar o pai, músico de choro, que o levava a bailes.
 Pixinguinha foi um menino prodígio, tocava cavaquinho com 12 anos. Aos 13 passava ao bombardino e a flauta. Até hoje é reconhecido como o melhor flautista da história da música brasileira. Mais velho trocaria a flauta pelo saxofone, pois não tinha mais a firmeza e embocadura necessárias.
Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuínamente brasileiro. Arrajou os principais sucessos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros.
Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil. Era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores (os principais chorões eram funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer). 
Quando recebeu um convite para tocar na sala de recepção do cinema Palais, em 1919, formou um grupo que o tornaria mundialmente reconhecido, os Oito Batutas. Com esse grupo excursionou pela Argentina e passou uma longa temporada em Paris. Formou também diversos admiradores no próprio Rio de Janeiro, entre eles Rui Barbosa, Arnaldo Guinle e Ernesto Nazareth.
Em 1929, foi inaugurada no Rio de Janeiro a RCA Victor do Brasil. A empresa promoveu concurso para orquestrador, no qual Pixinguinha se inscreveu com uma orquestração de “Carinhoso”, obtendo o primeiro lugar. No ano de 1933, diplomou-se em teoria musical no Instituto Nacional de Música e passou a dirigir diversos grupos musicais. Com Benedito Lacerda, passou a fazer parceria no ano de 1946, dedicando-se ao saxofone e tendo gravado seus choros mais famosos, entre os quais “ Um a zero”, “ Sofres porque queres” e “Ainda me recordo”. No decorrer das décadas, ainda realizaria diversas gravações, entrando na era do LP, onde registra um disco antológico de 1968, Gente da antiga, produzido por Hermínio Bello de Carvalho para a Odeon, com a participação de Clementina de Jesus e seu grande amigo João da Baiana.
Em 2000, o Instituto Moreira Salles recebeu a guarda do arquivo pessoal de Pixinguinha, diretamente de sua família. Composto por documentos pessoais, medalhas, troféus, álbuns com recortes de jornal, centenas de fotos, registros de memória oral realizado por seu filho Alfredo da Rocha Vianna Neto e a flauta utilizada por muitos anos pelo músico, possui em seu núcleo principal um grande lote, com cerca de mil conjuntos de partituras. Esse é um precioso legado da história do arranjo de música no Brasil, que reafirma sua grandiosidade por meio de sua obra orquestral. Após um cuidadoso processo de digitalização e catalogação, o conjunto está sendo minuciosamente estudado por um colegiado de músicos que dominam a linguagem da música formal e do choro para, em futuro breve, ser entregue ao público revisado e editorado em software de última geração.

sábado, 16 de abril de 2011

Houve algumas mudanças




          Galera, houve umas modificações na programação e local do Evento. O 1° Festival de Choro de João Alfredo "Chorando pra Sempre" que será realizado no dia 01/05/2011 não acontecerá mas na Praça Calombi e sim ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. A instrumentista e professora do conservatório pernambucano Juliana Correia, não vai mas participar do Festival, mas os outros vão comparecer, e um grupo de Limoeiro de choro confirmou presença, acontecerá homenagem a músicos e muitas mas outras  surpresas. Não fique de fora desse Evento cultural da Sociedade Musical Dom Bosco.  

Realização:


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira fazem protesto no palco

Músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira fazem protesto no palco

Integrantes da OSB Jovem, no Rio, leram manifesto e saíram do palco em simpatia a colegas demitidos

    A polêmica envolvendo a direção da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) teve um novo capítulo ontem no Rio de Janeiro, no Theatro Municipal. Pouco antes de um concerto em homenagem ao pintor Candido Portinari, os músicos da OSB Jovem abandonaram o palco em protesto ao maestro Roberto Minczuk e às demissões dos integrantes da orquestra principal. O programa iria inaugurar a temporada deste ano.
    Todo o corpo da OSB Jovem já estava no palco posicionado perante o público quando Minczuk entrou em cena e foi recebido por vaias. Um representante do grupo leu um manifesto afirmando que a OSB Jovem se recusava a substituir a orquestra principal. "Para haver música, devem haver músicos. Para haver músicos, deve haver respeito", dizia um trecho. Do lado de fora, músicos demitidos da OSB e simpatizantes faziam um protesto nas escadarias. O público deixou a sala e o concerto previsto para este domingo foi cancelado.
   No início do ano, o diretor artístico e regente titular da OSB, Roberto Minczuk, decidiu submeter os 82 integrantes da orquestra a testes de avaliação de desempenho. Metade deles não acatou a decisão e não compareceu às avaliações. Há cerca de duas semanas, começaram a receber comunicados de demissão por justa causa.
   Grandes nomes da música erudita mundial, como os pianistas Nelson Freite e Cristina Ortiz, cancelaram os concertos que fariam junto com a OSB por conta das demissões.
   Em comunicado oficial, a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira considera encerradas as negociações com os 41 músicos da instituição que se recusaram a participar das avaliações internas de desempenho. De acordo com o texto, a posição foi tomada diante da decisão dos músicos, informada por meio do sindicato, de não aceitarem a proposta da fundação de reabrir o Programa de Demissão Voluntária (PDV) oferecido a eles.

 

Divulguem!!!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

FOTOS DO BLOCO DOS MÚSICOS

ALGUNS FLASH DO BLOCO DOS MÚSICOS
 

Quarteto Egan faz concerto gratuito

Quarteto Egan faz concerto gratuito no 

Conservatório de Música nesta quarta

Divulgação

O projeto "Quarta Musical" leva, nesta semana, o recital do Quarteto Egan (foto) para o estúdio do Conservatório Pernambucano de Música (CPM). A apresentação ocorre às 19h30 desta quarta-feira (6) e o repertório inclui composições de Joseph Haydn, Clóvis Pereira e Maestro Duda. O concerto tem entrada gratuita.
Premiado pela divulgação da música instrumental brasileira e regional, o Quarteto Egan é formado por Marie Savine Egan e Mario Vitor Mendes (violinos); Elyr Alves (viola) e Fabiano Menezes (violoncelo). O grupo reúne as peças mais tradicionais do repertório erudito, composições de estilo armorial e arranjos dos clássicos da Música Popular Brasileira. 
O nome do quarteto é uma homenagem ao Maestro Eugene Egan, fundador da Orquestra Solista do Nordeste. O primeiro CD do grupo, “Quarteto Egan celebra 500 anos do Brasil”, foi lançado em 2001. Já o segundo disco, “As sete últimas palavras de Cristo”, foi lançado em 2006 e apresenta  um repertório de música sacra. 


SERVIÇO

Quarteto Egan no projeto Quarta Musical
6 de abril (quarta-feira), às 19h30
Estúdio do Conservatório Pernambucano de Música
Entrada gratuita