ESCULTE DOBRADO BATISTA DE MELO

sábado, 23 de abril de 2011

Dia Nacional do Choro

O Choro

            O choro entra na cena musical brasileira em meados e finais do século 19, e nesse período se destacam Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero mesclava elementos da música africana e européia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas das bandas militares e operários têxteis. Segundo José Ramos Tinhorão, o termo choro resultaria dos sons plangentes, graves (baixaria) das modulações que os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas que lhes transmitiam os cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia.
                     O século 20 traria uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, e entre eles, com destaque, Pixinguinha.


Dia 23 de Abril

         A iniciativa para a criação do Dia Nacional do Choro partiu do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola Brasileira de Choro Rafhael Rabello, em Brasília. O Decreto foi proposto pelo então senador Ártur da Távora, falecido em 2008, e aprovado pelo Presidente da República, em 04/09/2002, instituindo o Dia Nacional do Choro, comemorado na data de nascimento de Pixinguinha, 23 de abril

          Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha é o maior chorão de todos os tempos. Compositor de música popular brasileira, era também tenor, pianista, saxofonista, além de arranjador, e contribuiu diretamente para edificar o Choro como um gênero musical. Com ele o Choro adquiriu mais leveza, ritmo, graça e também a hábito do improviso.
       O surpreendente no Choro, que é genuinamente carioca, é a sua capacidade de renovar-se, sempre. Já são quase 150 anos de História do Choro e um dos fatores determinantes para essa história de sucesso foi o alto nível artístico dos seus pioneiros, como Joaquim Antônio da Silva Callado - considerado o Pai dos Chorões -, Anacleto de Medeiros, Patápio Silva, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Luperce Miranda, Irineu de Almeida, Bonfíglio de Oliveira, Garoto, Jacob do Bandolim, e de inúmeros chorões que, com competência, seguiram as trilhas desses pioneiros.
            O Choro também é assim. Esse gênero urbano, parido no berço da “Cidade Maravilhosa” em meados do século XIX, contagiou o país via bandas de música, regionais do rádio...; popularizado na década de 1970 pela mídia, renovado nos anos de 1980 e 1990, hoje encontra-se, felizmente, com grande vitalidade ousando, sempre, vôos cada vez mais altos aqui e fora de país. Um dos sonhos dos chorões brasileiros, entre eles Henrique Cazes,”é tornar o Choro uma atração tão associada ao Brasil quanto o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Carnaval”. Em 2004, eventos lembraram a data em várias cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Juiz de Fora, Niterói, Santos, São João do Meriti, Uberaba e Uberlândia, São José dos Campos, para citar algumas. Até no exterior, na França e no Japão, o Dia Nacional do Choro foi comemorado.


História é que não falta...

Por esse grande dia, que a Sociedade Musical Dom Bosco está realizando no dia 1 de maio o 1° Festival de choro "Chorando pra Sempre" em comemoração ao dia Nacional de Choro.



Palmas para o Choro no seu DIA NACIONAL – 23 de Abril e para o “Santo Pixinguinha”.

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