Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
O Fole Assoprado surgiu em 2005, como um desdobramento do trabalho da orquestra com os ritmos regionais. “Somos mais associados ao frevo porque o carnaval é uma festa imensa. Mas tocamos em vários lugares do mundo e sempre alguém se identifica com o som da orquestra. Vamos do frevo ao blues, passando pelo coco, maracatu, forró, baião…”, afirma o Maestro Forró. Para montar o show junino - que tem um repertório mais ou menos móvel - ele se orientou pelo que costuma chamar de os pilares da orquestra. São cinco diretrizes: trabalho de pesquisa, manutenção, releitura e interação.
Seguindo esse esquema, o trabalho para Fole Assoprado começou pela pesquisa. Grandes compositores foram escolhidos: Sivuca, Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga… Assim, ao escutar músicas bem conhecidas, como Eu só quero um xodó, Sabiá ou Pagode russo, o público consegue identificar a diferença na sonoridade. “Eu diria que 70% do repertório são de clássicos e os outros 30%, autorais”, conta Forró. Um caso interessante é o de Dona Nêna tem razão, composta como frevo de rua pelo maestro e que, com os novos arranjos, virou um forró. Nas apresentações, às vezes, a Orquestra vai do frevo ao arrasta-pé em segundos.
Agenda
O show junino também é uma estratégia da orquestra manter sua agenda de shows ativa durante o ano todo - há ainda um show de samba e outro natalino. Ao todo são 25 integrantes, sendo 21 músicos e quatro técnicos, a maioria vivendo exclusivamente da orquestra. Um diferencial que garante o bom nível técnico do grupo é que eles ensaiam duas vezes por semana, durante todo o ano - e não apenas nas semanas que antecedem as festas, como grande parte dos grupos populares. É aí que entra o pilar da “manutenção”, sustentado também pelas duas escolas de música que o grupo mantém na casa do Maestro Forró.
O quarto pilar, da releitura, é o grande diferencial do grupo. Na interação, eles se superam visualmente. Maestro Forró é indiscutivelmente um dos maiores showmen de Pernambuco, enquanto os músicos se desdobram em caras e bocas teatrais. Seja no carnaval, Natal ou São João, a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério garante o frenesi no palco.
Onde ouvir
Sábado (18), às 12h - Caruaru
(palco principal)
Quinta-feira (23), às 22h - Gravatá
Sexta-feira (24), às 22h - Timbaúba
Quarta-feira (30), a partir das 21h - Afogados da Ingazeira
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